Bom dia ovelhinhas desculpa a ausência mas estou estudando muito !
Dia 24 de Abril dia da linguagem de sinais, vamos conhecer .
A história da nossa língua de sinais se mistura com a história dos
surdos no Brasil. Até o século XV os surdos eram mundialmente
considerados como ineducáveis. A partir do século XVI, com mudanças
nessa visão acontecendo na Europa, essa ideia foi sendo deixada de lado.
Teve início a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um surdo francês, chamado Eduard Huet.
Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a
primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial
Instituto de Surdos Mudos. Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo”
saiu de uso por ser incorreto, mas a escola seguiu forte e funciona até hoje, com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – o famoso INES.
A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura
entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos
surdos brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu
uma grande derrota em 1880. Um congresso sobre surdez em Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo,
acreditando que a leitura labial era a melhor forma de comunicação para
os surdos. Isso não fez com que eles parassem de se comunicar por
sinais, mas atrasou a difusão da língua no país.
Com a persistência do uso e uma crescente busca por legitimidade da
língua de sinais, a Libras voltou a ser aceita. A luta pelo
reconhecimento da língua, no entanto, não parou. Em 1993 uma nova
batalha começou, com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma
no país. Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua oficial do Brasil.
Em 1966, o médico americano Orin Cornett
deu uma importante contribuição a essa língua, unindo a utilização dos
sinais com a leitura labial.
Foi o abade francês Charles-Michel. Na metade do século XVIII, ele
desenvolveu um sistema de sinais para alfabetizar crianças surdas que
serviu de base para o método usado até hoje. Na época, as crianças com
deficiências auditivas e na fala não eram alfabetizadas. O abade fundou,
em 1755, a primeira escola para surdos, ensinando o alfabeto a seus
alunos com gestos manuais descrevendo letra por letra. Esse método foi,
então, aperfeiçoado ao longo dos séculos nos vários países onde foi
adotado. “Em 1856, o conde francês Ernest Huet, que era surdo, trouxe ao
Brasil a língua de sinais francesa”, afirma Moisés Gazale, diretor da
Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis), no Rio
de Janeiro. Essa globalização do sistema foi facilitada pelo fato de os
sinais também representarem – além das letras – conceitos como fome ou
sono, permitindo a comunicação entre pessoas de diferentes
nacionalidades.
No Brasil o sistema é conhecido como Libras: Língua Brasileira de Sinais.
Mesmo com todos esses avanços, a Libras ainda é pouco conhecida e usada entre os ouvintes.
Seu status de língua oficial não é validado na prática. Para mudar essa
realidade precisamos tratar a Língua Brasileira de Sinais como
realmente nossa, defendendo-a e procurando aprender mais sobre ela.
A história recente:
Essa conquista se somou a outras mais atuais, que sempre passaram
pelo campo da legislação. Nos últimos anos não foram poucas as leis e
recomendações que buscaram regulamentar aspectos da língua de
sinais para propagar seu o uso e garantir direitos à comunidade surda:
- 2004: Lei que determina o uso de recursos visuais e legendas nas propagandas oficiais do governo;
- 2008: Instituído o Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de Setembro, considerado o mês dos surdos;
- 2010: Foi regulamentada a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras;
- 2015: Publicação da Lei Brasileira de Inclusão (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), que trata da acessibilidade em áreas como educação, saúde, lazer, cultura, trabalho etc.;
- 2016: Anatel publica resolução com as regras para o atendimento das pessoas com deficiência por parte das empresas de telecomunicações;
90% das crianças surdas, nascem em lares ouvintes.
Apenas 2% dos sites brasileiros estão acessíveis em Libras!
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-criou-a-linguagem-de-sinais-para-surdos/ |
http://blog.handtalk.me/historia-lingua-de-sinais/ |
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