quinta-feira, 10 de março de 2022

Composta para a Homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O escritora Sandra Martins participou da Ação Literária idealizada pela Jornalista Colunista Zenaide dos Santos SA, iniciada em 26 de fevereiro, término em 7 de março de 2022.

 

                                                           SANDRA MARTINS 

Nasceu em maio de 1978, um ano marcado pelo primeiro bebê de proveta, o único ano na história mundial em que tivemos três papas e o ano em que nosso país caminhava para o fim da ditadura, parece o ano perfeito para o nascimento de uma escritora como ela.

 Graduada em letras, foi dentro da sala de aula que sua primeira história ficou conhecida “O Segredo dos Amuletos” foi um feito inédito, pois unia alunos e professora na confecção de uma única história, tudo isso feito dentro das paredes de lata de uma escola da periferia de São Paulo.

Ama poesia, mas também escreve contos e romances.

Entre suas obras estão: Terra dos Papagaios, Coríntios, Efésios e o recém-escrito Gálatas que completa a tríade “Crônicas de fé”.

Seus escritos têm a necessidade de mostrar a realidade embebida ora em sonhos, ora na necessidade de discutir um problema social importante.

Composta para a Homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Ação Literária idealizada pela Colunista Jornalista Zenaide dos Santos SA, iniciada em 26 de fevereiro, encerrada em 7 de março de 2022.

QUEM SOU EU? SOU UMA MULHER.

Que posso ser em um mundo de passagem,

Que de mim não entende a metade

Que ama o belo, mas mesmo assim o mata

Que posso ser em provas tão solenes

Onde é obscura a clareza dessa relação

Onde se perde o vínculo com o coração.

Onde homem e universo estão perdidos

Quase incertos, corrigidos.

E onde a criança já sem ter onde brincar,

Atrás de maquinas se esconde e planeja sua vida acabar

Que posso ser em um mundo de passagem

Onde o jovem vicia

Em um mundo onde esquecemos o caminho da alegria

Aqui onde menospreza-se a cantoria

E enxerga-se como doença a euforia

Nada é impossível. Não é assim?

Seria possível salvar a minha face do desgaste

Beijar-te o rosto como alaste

E ao fim, perceber que não morri

Se continuo de passagem, apenas passando

E se lá está você meu caminho vigiando

Melhor é não entender as flores, apenas amá-las.

Melhor é não compreender a canção, mas no meu violino tocá-la

Melhor é esquecer a hora, apenas aproveitá-la.

Como mulher é meu dever lutar por um mundo melhor

Soltar meu impávido grito e alastrá-lo mesmo sem resposta

Por trás do muro alto do mundo ou apenas através da minha porta.

Sandra Martins, professora escritora: Guarulhos São Paulo

 

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