Desejo de compartilhar o resultado de minhas buscas e descobertas, mostrando ao leitor o pensamento de seres humanos especiais, que se tornam referência na investigação, experimentação e revelação de verdades básicas que auxiliam a nossa compreensão sobre a lógica universal.
Seres humanos que desenvolvem uma nova visão, uma nova escuta, uma comunhão integrada com a complexidade da existência, diferenças e escolhas , tudo em uma grande união . harmonicamente feliz.
Há certamente pessoas que independem do hábito da leitura para transmitir sabedoria. Aprendem com a própria existência, servindo como referência na superação de sofrimento e na transmissão de afeto, alegria e paz.
Os dezesseis sobreviventes da tragédia dos Andes contam toda a história pela primeira vez
Nasceu
em Montevidéu, em 1950. Foi colega de colégio e amigo de vários dos
passageiros que estavam no acidente de 1972. Publicou, entre outros, Os trampolineiros (Record, 1983), Detrás de los árboles (1987) e 99% asesinado (2004). Trabalhou também como roteirista de filmes e documentários.
Em outubro de 1972, um avião fretado da Força Aérea do Uruguai que
rumava para o Chile s
e choca contra uma montanha nos Andes. Das 45
pessoas a bordo - a maioria fazia parte de um time de rúgbi amador -, 29
sobrevivem ao impacto, mas apenas dezesseis serão resgatadas, depois de
improváveis 72 dias.
Durante esse longuíssimo período, os sobreviventes ficam cercados por rocha e gelo, sem roupas apropriadas, sob temperaturas de até trinta graus negativos, abrigados no que restara da fuselagem depois da colisão. Famintos, lançam mão de um recurso extremo: alimentar-se dos corpos dos amigos mortos.
Dez dias depois do acidente, a primeira notícia que ouvem do mundo exterior por um radinho recém consertado é que as buscas pelo avião foram abandonadas. Como se não bastasse, uma avalanche soterra a fuselagem partida. Os que conseguem sobreviver ficam enterrados vivos durante três dias. Sem outra alternativa, decidem sair de lá por si mesmos.
Durante esse longuíssimo período, os sobreviventes ficam cercados por rocha e gelo, sem roupas apropriadas, sob temperaturas de até trinta graus negativos, abrigados no que restara da fuselagem depois da colisão. Famintos, lançam mão de um recurso extremo: alimentar-se dos corpos dos amigos mortos.
Dez dias depois do acidente, a primeira notícia que ouvem do mundo exterior por um radinho recém consertado é que as buscas pelo avião foram abandonadas. Como se não bastasse, uma avalanche soterra a fuselagem partida. Os que conseguem sobreviver ficam enterrados vivos durante três dias. Sem outra alternativa, decidem sair de lá por si mesmos.
Mas para isso será preciso escalar o paredão de gelo que os
separa de um horizonte desconhecido - que pode ser a salvação ou a
desesperança final.
A história me impactou tanto que tive que ver o filme Alive mais de uma vez. Isso ficou por muito tempo na minha cabeça.
A verdade é que essa é uma história que chocou e impactou todo o mundo.
Alguns, apenas pelo detalhe grotesco do canibalismo, outros, pela capacidade de sobrevivência do ser humano ou pela força de um grupo em uma situação de catástrofe.
Enfim, existem diversas histórias dentro nesse incrível acontecimento.
Pablo Vierci, que foi colega de escola de vários dos sobreviventes, conseguiu mostrar os mais diversos ângulos; ou pelo menos a versão de cada sobrevivente.
O autor começou o seu relato em 1973 mas, devido à comoção provocada, congelou o seu projeto. Quase quarenta anos depois ele ressurge com o mais completo relato do ocorrido.
Mas para entender, precisamos voltar ao ano de 1972.
Sobreviventes
Um avião fretado da Força Aérea do Uruguai rumava ao Chile com quarenta e cinco pessoas a bordo, em sua maioria jogadores de um time amador de rúgbi. Ao tentar atravessar a Cordilheira, o avião se chocou contra uma montanha e, do grupo, somente vinte e nove sobreviveram ao impacto e apenas dezesseis foram resgatados com vida.O grupo permaneceu intermináveis 72 dias nas montanhas, abrigados nos restos da fuselagem do avião. Enfrentaram temperaturas extremas de até trinta graus negativos, um avalanche que os deixou três dias soterrados, fome e todo o tipo de agruras que tornavam a sobrevivência a cada minuto menos provável. Famintos, eles tiveram de recorrer ao extremo: se alimentar dos corpos dos amigos. Abandonados -os resgates oficiais haviam sido suspensos dez dias após o acidente -tiveram que encontrar uma saída por si mesmos. E assim, cruzaram um intransponível paredão de gelo, sem saber o que encontrariam além. Ao pé da montanha, do outro lado, um tropeiro foi o elo entro o mundo gelado dos mortos e a sociedade dos vivos.
Detalhes
Essa é uma história tantas vezes contada e recontada que olhei para o livro com suspeita. Mas o que encontrei foi um relato consistente, cuidadoso e que teve extremo respeito a cada opinião e ao papel que cada personagem desempenhou. O autor não só entrevistou cada um dos sobreviventes, como voltou ao local com alguns deles. Depois de tantos anos, pela primeira vez todas as pessoas envolvidas encontraram a paz para tocar no assunto de forma mais distanciada e nos contam não só como foi estar lá, mas também o impacto em suas vidas. Alguns se fecharam totalmente por mais de 30 anos, outros começaram a ministrar palestras sobre a tragédia. Cada um encontrou a sua maneira de lidar com o seu passado.Se pensava que sabia muito sobre o acidente nos Andes, me dei conta de que nada sabia. O livro conta os muitos detalhes dolorosos e inimagináveis para a nossa sociedade dita civilizada, mas o mais importante é entender os detalhes internos de cada um dos envolvidos, como cada um se sentiu e conseguiu encontrar forças para prosseguir e viver mais um dia, que lições tiraram desse trágico episódio. A cada página, o fantasma do canibalismo perde importância e o que ganha é a força do grupo e a maneira como a sociedade da neve se organizou para sobreviver.
Versão definitiva
Temas como amizade, respeito mútuo, dedicação ao próximo, disciplina, perseverança e valor a vida são abordados a todo momento das mais variadas formas. Os depoimentos são eficientemente intercalados com capítulos descritivos e quando a história parece começar a ficar repetitiva, logo, logo um outro detalhe ou uma nova perspectiva veem à tona. Ainda conta com fotos dos arquivos pessoais. Considero essa a versão definitiva. Após ler o livro, tive uma sensação de saciedade. Também encontrei paz. Não há nada mais que precise saber sobre o episódio. Só o que admirar e aprender.Hoje os sobreviventes manteem a Fundación Viven que apoia a doação de órgãos.
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