São cerca de 100 mil flores.
70 mil visitantes. 800 jornalistas. 200 vôos em jatos particulares. 260
galerias de arte e design que garimpam obras datadas desde cerca de 4
mil anos a.C. até peças de 2013. A Tefaf (The European Fine Art Fair) abre para o grande público e movimenta a pequena Maastricht, na Holanda, até o dia 23 de março.
“Participo de muitas feiras pelo mundo [Basel, Frieze
e Bienal de Antiquidades] e posso te dizer que a Tefaf é a mais bonita e
importante de todas”, explica Robert Landau, que venderá algumas das
mais caras obras da feira. Entre elas, está Bride and Groom de
Amedeo Modigliani, que ele comprou no MoMA 12 anos atrás. Silke Thomas,
da Galerie Thomas, parece concordar. “Também participamos da Basel, na Suíça,
e é bastante diferente. Os colecionadores que freqüentam a Tefaf são
mais sofisticados e cultos. Por isso, fica mais fácil dialogar e trocar
informações”, explica, depois de mostrar obras de seus queridos Edvard
Munch e Franz Marc que valem 2,5 e 9 milhões de euros, respectivamente.
A palavra de ordem é excelência (não à toa, experts de museus
de todo o mundo recorrem à feira dois dias antes para conferir a
autenticidade e classificação das obras), mas o estilo... tem para
todos. Sendo assim, apesar de ser conhecida pelas antiguidades e obras
de grandes mestres, a feira cede espaço também para galerias dedicadas ao design,
arte moderna e contemporânea. Por isso, não se espante ao esbarrar em
Van Goghs, Picassos, Renoirs e Rodins, entre outros, segundos depois de
avistar poltronas e luminárias de Poul Henningsen, Poul Kjaerholm e Finn Juhl. Atenção: no corredor seguinte é possível comprar uma peça inédita de Damien Hirst, uma série de desenhos recém descobertos de Andy Warhol ou uma escultura de um artista nigeriano que despontou na última Bienal de Veneza. “Muitos colecionadores de old masters
estão começando a se interessar por arte contemporânea, mas ainda
compram os mais conhecidos como Damien Hirst e Jeff Koons”, explica
Raffaello Tomasso, que é amigo de infância de Hirst e trouxe três obras
do artista para seu estande.
* A jornalista viajou a convite da feira.
Confira, abaixo, algumas das obras que deixarão compradores loucos nos próximos dias!
Por meio da técnica time -lapse, um fotógrafo canadense capta imagens que parecem estar em moviment.
Parecem pinceladas de tinta, mas na verdade o efeito conseguido nas imagens produzidas pelo fotógrafo canadense Matt Molloy é resultado da fotografia
time-lapse. Essa técnica consiste em captar centenas de fotografias de
modo independente com intervalos de tempo fixos ente um quadro e outro.
Cerca
de 200 fotos são mescladas em uma imagem estática, formando uma
sequência que demonstra o passar do tempo em detalhes, com seus
movimentos e mudanças de luz e sombra. O número de imagens depende de
diversos fatores, como condições meteorológicas e nebulosidade. É
semelhante à técnica de fotografia de longa exposição, mas a time-lapse
se difere ao permitir um controle maior do tempo e permitir resultados
mais definidos.
Parecidas com as pinturas do estilo impressionista, as imagens retratam paisagens
o passar do dia, em uma atmosfera de sonho. As composições transmitem
movimento, como o das nuvens no céu formando uma pintura e as turbinas
eólicas, que ao girarem se parecem com gigantes flores da espécie
dente-de-leão. Matt se interessa por esse processo por ser um método
experimental, pois ele nunca sabe o que vai obter no final. Desse modo, o
fotógrafo reinventa a realidade e vai a fundo para mostrar o que está
além do que podemos ver.
16/10/2015 | POR REDAÇÃO; FOTOS MATT MOLLOY / DIVULGAÇÃO
Imagine-se dentro de uma igreja lindíssima e cheia de detalhes
arquitetônicos a descobrir. Seu olhar se fixa no altar, depois percorre o
teto ricamente trabalhado, devagar, até chegar à porta. Pois essa é a
sensação que tem aqueles que olham as fotos da série Vertical Churches, produzidas pelo fotógrafo nova-iorquino Richard Silver.
Tudo
começou em 2011, quando um dia Richard entrou em uma igreja de Nova
York para ver se era capaz de fazer fotos lá. “Uma vez lá dentro, fiquei
maravilhado com a beleza do teto e de tudo o que me cercava”, conta o
fotógrafo. “Os nova-iorquinos são famosos por nunca olharem para cima.
Meu objetivo com essa série é fazer com que o visitante veja o que está
sobre ele em uma única imagem. As igrejas são tesouros arquitetônicos
incrivelmente bonitos e, a meu ver, não devem ser apreciadas apenas por
sua intenção original, mas também pelas maravilhas de sua arquitetura.”
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As
panorâmicas são o resultado de uma montagem feita com vários cliques,
tirados a partir de um ponto estratégico no centro da nave. Richard já
clicou mais de 100 igrejas em 25 cidades ao redor do mundo! Dá para
viajar nas fotos dele... O fotógrafo pretende imprimir um livro com suas
belíssimas imagens em breve. Por enquanto, elas podem ser vistas (e
compradas) em seu site. E, aqui, selecionei 30 fotos incríveis captadas por seu olhar sensível. Bon voyage!
Fotógrafo nova-iorquino cria uma série que retrata a arquitetura destes templos em detalhes, em uma única imagem
30/10/2015| POR WINNIE BASTIAN; FOTOS RICHARD SILVER / DIVULGAÇÃO